A ESTRADA LIMA DUARTE – CONCEIÇÃO DE IBITIPOCA

No início do século XIX, quando Lima Duarte embriona como povoação, a vida girava em torno das sedes de fazendas, as quais concentravam a população, as atividades produtivas e economicas. Os caminhos então procuravam atender aos interesses dos fazendeiros, interligando as sedes de fazenda aos povoados e às estradas reais, de onde se podia atingir a sede municipal (Barbacena), a sede da Comarca (São João Del Rei) e a capital do Brasil (Rio de Janeiro). Por estes caminhos transitavam carros de bois, tropas, pessoas à pé e montadas.
A chegada do primeiro automóvel, em 1914, pelas mãos de Manoel Delgado da Silva, acrescentou mais um meio de transporte, demandando por novos caminhos. Contudo, somente em 1931, o Prefeito Alfredo Catão abriria a Estrada Lima Duarte a Juiz de Fora, passando pelos Bahias, obra que executou, com recursos próprios até a divisa dos dois municipios, em Valadares, finalizando-a em 1934.
Em 1937, coube ao interventor nomeado Nominato Duque, levar a cabo a abertura da estrada para automóveis de Lima Duarte a Conceição de Ibitipoca e Santana do Garambéu. Aproveitando o leito abandonado da ferrovia nas imediações do bairro Beira Rio, começou por ali a nova estrada, seguindo pela margem esquerda do Rio do Peixe até próximo à foz do Ribeirão do Salto, cujo vale seguiu, até Conceição de Ibitipoca.
Uma ponte em madeira, apoiada em pegões de pedra, foi erguida na localidade de Salto, sob orientação do Engenheiro Pedro de Paiva Fartes. A nova estrada foi alargada e dotada de sistema basico de drenagem de águas pluviais, como se vê ainda em vários trechos. Por essa estrada podia-se ir, de Ford T, em três horas, de Lima Duarte à Santana, ou como bem registrou de informações orais o pesquisador lima duartino Ronisch Baumgratz “sair de Lima Duarte e almoçar no Jambeiro…”
Nas décadas seguintes a estrada seguiu recebendo conservação e ajustes. Em 1949, no mandato do Prefeito Olimpio Otacílio de Paula, é construída em concreto armado a ponte sobre o Rio do Peixe no Bairro Beira Rio. Em 1960, pela Lei Estadual 2121, a estrada foi encampada pelo Estado de Minas Gerais, abrindo portas para obtenção de recursos. Em 1962, no segundo mandato do Dr. Domingos Octaviano Lima, a ponte do Salto foi modernizada, sendo o tabuleiro de madeira, longarinas e guarda corpos executados em concreto armado. Algumas pontes menores também foram executadas em concreto nessa época, e cada administração seguiu, dentro de suas possibilidades, executando manutenção e consertos.
No governo Liandyr Guimarães, em 1976, a estrada passa por um processo de modernização, com melhoria do traçado, alargamento, construção de muitas passagens de águas pluviais e extensão da estrada até a Lombada e o Pião, dentro do Parque Estadual de Ibitipoca.
As obras de pavimentação foram iniciadas em 1994/1995, no segundo mandato de Carlos Alberto Barros, quando o trecho de serra, na chegada de Conceição de Ibitipoca foi calçado com pedra tosca sem rejunte, recebendo meio fio e sistema de drenagem. Um segundo trecho, do Engenho até o Caeté foi calçado com elemento travado em 2007 no primeiro mandato de Geraldo Gomes.
Nos anos seguintes o Estado de Minas Gerais assume de fato o controle da estrada, fazendo-a passar por uma de suas piores fases, já que nenhuma obra de vulto foi realizada e a manutenção se mostrou insuficiente, obrigando cidadãos e mesmo a Prefeitura a executarem acões corretivas e emergenciais.
Em 2020, no terceiro Geraldo Gomes, com recursos estaduais, são retomadas as obras de pavimentação da saida de Lima Duarte até a Fazenda do Lãozinho, prolongadas em 2021, já no primeiro mandato de Elenice até o Laticinio Serra Negra. Em maio de 2023 foi iniciada a pavimentação do trecho entre Laticinio Serra Negra e o Caeté, excetuando trechos nas localidades de Agua Fria e Laranjeiras, no aguardo de definição de questões legais e burocráticas para execução, obras que se prolongam até nossos dias.
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