REFLEXOS HORMONAIS NA PRODUÇÃO DO LEITE

A quantidade de prolactina liberada é dependente de diversos fatores, como a quantidade de crias (bezerros), do tempo que dura o estímulo e dos espaços de tempo transcorrido entre as ordenhas ou sucção. No caso das ordenhas, são feitas habitualmente a cada 12 horas, o que seria suficiente para manter a produção de leite. Estudos mostram que, tanto a produção do leite, quanto a secreção de prolactina estão interligados ao foto período, visto que, animais que ficaram mais expostos à luz apresentaram aumento da concentração de prolactina circulante, assim como obtiveram maior produção de leite, em torno de 6 a 10%.
O leite é ejetado das glândulas mamárias por meio da sucção ou ordenha, após gerar impulsos nervosos transmitidos para as células que produzem ocitocina. Este hormônio faz a contração da musculatura que rodeia os alvéolos (células mioepiteliais). Além dos estímulos da sucção ou ordenha, a ocitocina também é sensível a outros estímulos no momento da ordenha como os estímulos sensoriais auditivos (ruídos); visuais (ambiente da sala de ordenha); táteis (higiene dos mamilos antes da ordenha) e olfatórios (gerados ao derredor do animal). Tais estímulos sensoriais mostram que a ocitocina é controlada, também, pelo sistema nervoso central, enfatizando que, estresses sofridos pelo animal, inibem a produção do leite.
A ocitocina é fundamental na ejeção do leite. Sem ela, a movimentação do leite seria muito lenta, até chegar o ducto da teta, ocasionando num menor volume de leite ejetado. Além de ser um hormônio que auxilia na melhoria da qualidade do leite, por contribuir na eficiência da retirada do leite no momento da sucção ou ordenha, diminuindo o leite retido, que é fonte de contaminação, e por reduzir a pressão no interior da glândula mamária que, consequentemente diminui lesões internas das tetas, evitando infecções mamárias.
A liberação da ocitocina após estímulos acontece dentro de segundos e é visível em torno de 1 minuto após estimulação, de acordo com que o leite é forçado para fora dos alvéolos e ductos por meio da contração. Sua ação dura em torno de 5 a 7 minutos. Por isso, a importância da ordenha acontecer logo após a completa descida do leite. Caso contrário, o efeito hormonal encerra, deixando leite residual. Contrapartida o hormônio prolactina, hormônio responsável pelo aumento da glândula mamária e produção do leite é liberada somente por meio de estímulos táteis do úbere.
Ordenha
O animal é considerado “uma máquina biológica”, que deve exibir todo seu potencial quando trabalha sobre condições ambientais corretas. Quando trabalham em condições ambientais inadequadas, o reflexo na produtividade é negativo.
A introdução de uma ordenha corretamente manejada, além de contribuir com o controle da mastite e reduzir lesões nos tetos, é importante para promover estímulos de ejeção do leite, para que se alcance uma ordenha completa e rápida, garantindo qualidade e maior produção.

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