POR ONDE ANDA
Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. O limaduartino Christopher Alexandre Baumgratz de Souza, de 32 anos, é conhecido como Kiki Baumgratz. O Músico, filho de Miriam de Fátima Baumgratz de Souza Santos e Elder Gonçalo Monteiro Dangelo, saiu de Lima Duarte em 2011.
Confira sua trajetória de vida:
Por quê saiu de LD?
Precisava mudar pra São Paulo, pois era onde minha banda inteira atual estava.
Para onde foi inicialmente?
Estava sempre entre Lima Duarte/Juiz de Fora/Barbacena, antes de São Paulo, pois era minha rota entre principais trabalhos musicais e universidade antes do ingresso na Banda Onze20.
Qual sua trajetória ao longo desses anos?
Sempre com muito foco na música. Comecei como professor de guitarra em Lima Duarte e, aos poucos, fui ingressando no mercado de trabalho musical em Juiz de Fora, através de algumas bandas.
Quando decidi que era música mesmo minha paixão e direcionamento profissional, decidi cursar a Bituca, universidade de música em Barbacena. Mas precisei sair na metade da faculdade, pois fui convidado a participar da banda Onze20 e precisaria me mudar pra São Paulo.
Era uma grande oportunidade e tem se provado, ao longo dos anos, como uma decisão acertada. Desde então, foram muitos CDS lançados nacionalmente, viagens por todo país e fora também, além de participações em todos os veículos de entretenimentos como programas de TV, novelas e rádios.
Constituiu família? Com quem? Limaduartino também? Tem filhos? Quantos e em quais idades?
Sim. Atualmente moro com minha mulher, Bárbara. É mãe do meu único filho, de 7 anos, Bento. Ela não é Limaduartina.
Ainda tem parentes em LD? Quem?
Sim. Grande parte da minha família por parte de mãe. Mãe, vó, tios, primos.
Vem sempre aqui?
Atualmente vou com pouca frequência à cidade.
Acompanha notícias da terra natal? Como?
Sim. Hoje em dia, com todo mundo conectado o tempo todo, fica fácil.
O que acha que LD mudou para melhor? E para pior?
Quando vou à cidade, tenho a sensação de que nada mudou muito. Continua calma, tranquila.
Como você, como jovem limaduartino, avalia as oportunidades de estudo/trabalho na cidade?
Na cidade mesmo, as oportunidades existem, porém são limitadas como toda cidade pequena.
Isso não quer dizer que seja ruim, pois depende do que o jovem almeja em sua carreira. Ainda assim, é possível adquirir conhecimento fora e somar de alguma forma, montando um próprio negócio na própria cidade, por exemplo.
Mas como disse, e não necessariamente ruim, deve-se estar atento às limitações da cidade e objetivo de cada pessoa.
Quais seus objetivos ao sair de LD?
Conquistar o mundo. Brincadeiras à parte, mas de fato eu queria (e ainda quero) ser o melhor músico, a melhor pessoa, o melhor profissional, o melhor pai. Ser melhor que minha versão de ontem, todos os dias.
Traçou metas pra sua vida e profissão? Quais?
Sim. O melhor músico que eu possa ser e com independência financeira. No meio desses dois mundos, você tem que percorrer um caminho quase infinito no sentido de estudos, mas dá pra enxergar o final do túnel.
Já alcançou alguns dos seus objetivos profissionais? Quais?
Sim. Sou melhor que ontem. E pra não ser tão simplório, aí está o meio do mundo, como, por exemplo, a minha banda ter feito e ainda faz um grande sucesso nacionalmente.
Sempre foi um sonho ser reconhecido em larga escala através do meu som. Nós mudamos a vida das pessoas positivamente e isso é um dos maiores sonhos a se alcançar.
Qual seu maior sonho?
No futuro relativamente curto, ter a sensação que concluí meus objetivos. E, à partir daí, traçar novos planos.
Qual conselho você dá pros jovens limaduartinos que estão na fase de decidir futuro/profissão?
Se dediquem ao máximo ao que vocês realmente amam. O resultado positivo vem do esforço ferrenho de algo que fazemos com amor. Mas às vezes é necessário fazer coisas que não gostamos também. (rss)
Como você lida com a distância da família, amigos e terra natal?
Não estou tão longe. Juiz de Fora é relativamente perto e, com a internet hoje, dá pra manter bastante o contato.