POR ONDE ANDA?

Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. Confira:
Nome completo: VICENTE MARIA PARREIRA, nascido em 10/03/1964, na fazenda Pinhal, situada à beira da estrada, depois do arraial de Ibitipoca, em sentido à cidade de Santana do Garambéu. Meus pais mudaram para a cidade no final de 1968, para o início de 1969, logo após o falecimento de minha avó materna, Dina Esmeria Moreira.
Idade: Hoje com 56 anos, à porta dos 57, muito bem vividos. Tenho muito orgulho da minha idade e muito folego para continuar a caminhada, tanto com as pessoas de minha idade, quanto com os jovens, muitos com ideias maravilhosas. Na medida do possível tento acompanhá-los.
Profissão: Empresário da área de contabilidade e consultoria empresarial.
Filiação: Francisco Maria do Nascimento e Maria Terezinha Parreira
Quando saiu de LD?  Janeiro/1988.
Por quê?
Minha saída de Lima Duarte se deu pela busca de desafios, estudos e oportunidade de trabalho e ambição de ser “alguém na vida”. Todos nós almejávamos isso, uma vez que as oportunidades na cidade eram escassas.
Para onde foi inicialmente? O desafio tinha que ser São Paulo, lugar de boas oportunidades. Aqui fiquei, plantei raízes, não saí mais.
Qual sua trajetória ao longo desses anos? Antes mesmo de deixar Lima Duarte, em busca de novos horizontes, trabalhei muito e meu último trabalho foi no extinto Banco Nacional. Ainda que tardio, em 1987 terminei o curso de Técnico de Contabilidade, na saudosa Escola da Comunidade Sandoval de Paiva.
No mês de Dezembro de 1987, estava em férias, passei rapidamente por São Paulo. Voltei decidido, pedi desligamento do Banco e no início do ano de 1988 parti para a selva de pedra chamada São Paulo.
Assim iniciou minha trajetória, a busca de um lugar ao sol em meio a tanto concreto. Fui contratado por uma empresa Francesa, Eurest do Brasil, para trabalhar na área financeira, e em seguida entrei na faculdade de Administração de Empesas. Ainda na faculdade, iniciei uma empresa distribuidora de condimentos. Infelizmente não deu resultado, devido a políticas econômicas da época, “Era Collor”.
Fui contratado pela Xerox do Brasil, atuei também na área financeira. Como não poderia ser diferente, dei continuidade aos estudos, fiz pós-graduação Lato Sensu/Stricto Sensu em finanças, época que entrei como sócio em um escritório de contabilidade. Mas como a ambição profissional era grande, em 1993, me desliguei tanto da Xerox quanto do escritório, para, com dois amigos, abrirmos outro especializado em Reengenharia e ISO9000. Para nossa surpresa, a contabilidade não nos deixou, tornando-se o carro chefe do negócio, escritório do qual atualmente sou o único proprietário, já por 27 anos completados neste mês.
A luta nunca para e muito menos os desafios. Após 25 anos sem estudar, apenas fazendo alguns cursos inerentes e específicos à atividade que exerço, por um desafio com minha filha mais velha, Esther, em 2016 ingressamos na universidade, no curso de Direito, e caminhamos juntos na mesma sala até o sexto semestre, onde ela, por motivo de viagem, interrompeu temporariamente seu curso.
Por fim, estou terminando o curso de Direito, claro, não poderia ser diferente, já com planos de um novo modelo de negócio.
Procurei aqui, traçar em poucas e resumidas linhas, um pouco do meu trajeto nestes últimos 32 anos, se realmente fosse escrever quantas lágrimas derramei e quantas noites sem dormir, daria para escrever um livro.
Constituiu família? Com quem? Limaduartina também? Tem filhos? Quantos e em quais idades?
Fui casado com a também Limaduartina Dione da Conceição Campos. Hoje bons amigos, temos duas lindas e maravilhosas filhas: Esther Campos Parreira, 28 anos e Raquel Campos Parreira, 24 anos.
Ainda tem parentes em LD? Quem? Vem sempre aqui?
Sim, em Lima Duarte moram meus irmãos Maria Catarina Parreira e Adilson Maria Parreira. Em Juiz de Fora moram Joaquim Maria Parreira, Geraldo Maria Parreira e em Campo Grande – MT, Maria Aparecida Parreira.
Após o falecimento de minha mãe, meu pai nos agraciou com mais um casal de irmãos, a Marina Carvalho e Vitor Carvalho, que moram em Juiz de Fora.
Ainda, tenho muitos primos, tanto por parte da minha mãe quanto do meu pai, que residem em Lima Duarte, em Ibitipoca e cidades da região.
Sempre que possível vou a LD, pois não pretendo perder contato com minhas raízes, e quem sabe um dia voltar a residir neste paraíso chamado Lima Duarte.
Acompanha notícias da terra natal? Como?
Sempre, além das notícias passadas pelos familiares, sigo a página do LD&Cia, sigo muitos amigos que por ai deixei nas mídias sociais, sigo também vários grupos da cidade, além de ser uns dos coordenadores do grupo Limaduartino Friends Forever,.
Por fim, não perdi contato com este local maravilhoso!
O que acha que LD mudou para melhor? E para pior?
É muito difícil tecer qualquer comentário sobre este assunto, uma vez que estou distante há muito tempo da vida social da cidade. Contudo, após minha saída percebi uma movimentação muito grande dos jovens, com o esporte, teatro, na música, turismo, principalmente o rural.
A nossa querida Ibitipoca, que lugar maravilhoso! Sou da época que não tinha qualquer controle de entrada, cuidávamos deste lugar como se fosse nossa casa.
Claro que, como qualquer cidade, de um país em desenvolvimento, tem problemas, crescimento desordenado, saneamento básico, saúde e segurança. Cabe a nós trabalharmos, independentemente de ideário político ou partidário, no sentido de transformar essas dificuldades em solução, e nos orgulharmos de quando, ao longe, ouvirmos um elogio da cidade.

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