Por Onde Anda
Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros.
Magali de Almeida Delgado tem 68 anos, é Professora, filha de Martha de Almeida Delgado e José Alves Delgado.
Ela saiu de LD em 1970, para estudar o curso Científico, em Juiz de Fora.
Confira sua trajetória ao longo desses anos:
“Em Juiz de Fora, morei com minha Vó Luiza e minha tia Zeneida. Estudei os dois primeiros anos do Curso Cientifico no Colégio Estadual Sebastiao Patrus de Souza e o terceiro ano na Academia de Comércio. Em 1974, fiz o vestibular e ingressei na UFJF onde cursei LETRAS.
Em abril de 1974, perdi meu pai num acidente de pescaria, acontecimento que nunca nos foi muito bem esclarecido. Logo após, minha mãe mudou-se para Juiz de Fora com meu irmão e minha irmã. E a vida seguiu.
Após minha colação de grau, contraí matrimônio com um jovem limaduartino, Joélcio, e me mudei para Volta Redonda, onde ele trabalhava. Lá tive meus dois primeiros filhos, Fernanda e Vinicius. Fiquei por lá uns cinco anos.
A vontade de trabalhar e construir minha independência falou mais alto e, em 1983, acabei fazendo um concurso para trabalhar na RFFSA. Foi a hora de deixar Volta Redonda e retornar para Juiz de Fora. Aprovada, ingressei na ferrovia e nela trabalhei como Analista de Desenvolvimento de Pessoal e Gerente de Treinamento, durante 15 anos. Tempo de muito aprendizado e de muitas oportunidades. Ainda no final dos anos 80, tive meu terceiro filho.
Em 1997, a Rede Ferroviária foi privatizada e, apesar de ser concursada, vi meu posto de trabalho perder espaço na nova administradora da ferrovia e muitas demissões (na grande maioria injustas) ocorreram, inclusive a minha. Nesse meio tempo prestei um concurso para a EMBRAPA, fui aprovada, mas não assumi o cargo pois a vaga era para Rio Branco, no Acre e, com 3 filhos, me faltou coragem e ousadia para ir morar tão longe. Optei por ficar perto da família. Sabe como é canceriano, né?
Esse foi um momento muito difícil, pois tive que começar tudo de novo e, nessa altura da vida, eu já estava com meus 40 anos. Mas comecei e fui feliz no que encontrei pela frente. Em 1997, prestei mais um concurso, agora para a Prefeitura de Juiz de Fora. Tive o prazer de trabalhar por 8 anos no gabinete do ex prefeito Tarcísio Delgado, por quem tenho grande admiração. Permaneci na Prefeitura até 2021.
Com a aposentadoria, dei jeito de arrumar uma ocupação que me desse algum retorno financeiro, mas que, acima de tudo, me desse prazer. E foi aí que veio a ideia do turismo. Aproveitei a pandemia para fazer alguns cursos na área e logo criei o GRUPO PASSEADOR, nome fantasia da minha empresa. E confesso que, nesses três anos de atuação, já juntei bastante gente pra me acompanhar. Trabalho, me divirto, faço amigos, reencontro amigos, conheço lugares e, de vez em quando, ganho um “troco”. Quem gosta de passear pode seguir as minhas programações no instagran: Grupo.Passeador”.
Constituiu família? Sim. Casei-me com o limaduartino Joelcio Landim. Temos 3 filhos, de 44, 42 e 36 anos.
Ainda tem parentes em LD? Sim.
Qual conselho você dá pros jovens limaduartinos que estão na fase de decidir futuro/profissão?
São tantos! Mas vai aí:
1.Seja um especialista em perguntar.
2.Não tenha medo de falhar.
3.Leia O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupery.
4.Tenha prazer em viver e, na dúvida, siga seu coração.
5.Acredite em Deus.