MUDANÇAS NA CIDADE NA DÉCADA DE 1960
Na década de 1960, alguns fatos produzem significativas mudanças na conformação do sitio urbano de Lima Duarte.
Acentua-se na região o exôdo rural, com significativa transferencia de população para a zona urbana e suburbana, adensando os bairros existentes na época e provocando o surgimento de novos logradouros e loteamentos, como o bairro Recanto Alegre, Nova Era, Lago Azul, Grota, Esplanado e Várzea.
Dois fatos também contribuíram de forma significativa para alterações na forma da cidade: a abertura da rodovia federal trecho Juiz de Fora a Caxambu e a extinção do ramal ferroviário.
A partir de 1964, a abertura da BR 32, obra federal inaugurada em 1978 depois denominada como BR 267, deslocou o eixo da cidade, colocando em abandono a antiga estrada dos Bahia e a Estrada Velha para Olaria e Bom Jardim. A rua Alfredo Catão é aberta nessa época, interligando o eixo da Rua José Virgílio ao eixo da Paradinha, tornando-se logo uma das mais importantes ruas da cidade. Da necessidade de interligar a cidade à “Estrada Nova”, abre-se uma rua entre esta e a Rua Sete de Setembro, originando o eixo a partir do qual se desenvolveria o Bairro Piúna. No mesmo sentido, abre-se a Rua Antonio Duque Filho, conhecida como Rua do Capim. A antiga Estrada do Piquete, por “cortar” a BR 267, ganha importância nessa época também, gerando a base do que se tornaria no futuro o Bairro Nossa Senhora das Graças. Ao lado do Bairro Afonso Pena, surge o embrião da Vila Belmiro, a partir de loteamento de antiga área de pasto da Fazenda da Fábrica, isolada pela passagem da BR 267.
A extinção do Ramal de Lima Duarte da Estrada de Ferro Central do Brasil, ocorreu em 1968, com retirada dos trilhos e dormentes em 1972. O leito, ou a Linha, como é conhecida popularmente, bem da União, uma vez abandonado, foi aos poucos sendo ocupado, gerando ruas como a Geraldo Magela de Paiva, Trinta de Outubro, Francisco Valadares e Avenida Centenario em seu trecho original, entre a Paradinha e a Rua Geraldo Magela de Paiva.
Na Barreira, a ocupação de uma encosta gera o Morro do Querosene, batizado oficialmente de Bairro Satélite, ligado ao bairro Santa Teresinha por um prolongamento da Rua Maria Tomé. A área da entre o atual trevo do CAPS e o Pontilhão do Albergue foi aproveitada pela Prefeitura como depósito de lixo urbano, ali queimado, diariamente. Somente mais tarde, o Poder Publico faz concretar uma laje sobre o pontilhão e estende e abre, até a Barreira, a Avenida Centenario.
Na região do Batatal, a “Linha” passa a ser utilizada como forma de ligação à cidade, uma vez que a partir de 1972, a Prefeitura remove o lastro de britas deixado pela ferrovia. As margens do leito vão sendo ocupadas, facilitadas pelas doações de terrenos feitas pela Prefeitura, que obtém mais tarde a guarda da faixa de dominio da ferrovia, da estação da Barreira à divisa com Juiz de Fora em Valadares,adensando o povoamento da região.
Adiante do Bairro Cruzeiro, se desenvolve nessa época o Bairro Santo Antonio, no entorno do Campo do Vila. Começa o adensamento do bairro Poço da Pedra, ocupando o leito ferroviário abandonado e a margem da Estrada Velha para Olaria, facilitada por aquisição a preços mais acessiveis, doações e mesmo posses.
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