OS BAIRROS DE LIMA DUARTE ATÉ 1939

MARCO ANTÔNIO SILVA

Formado o Centro, ao redor da Matriz de Nossa Senhora das Dores, começaram a nascer os primeiros bairros.
Apesar de não serem, às vezes, oficialmente reconhecidos como tal, são denominados pela população desde tempos antigos, fazendo parte da nossa cultura local.
Matosinhos foi o primeiro dos bairros, formado próximo ao Centro, na antiga entrada da cidade. A origem do nome permanece uma incógnita, sendo impossível não fazer um paralelo, a ser pesquisado, com outros Matosinhos existentes em Minas, todos derivados do Matosinhos no subúrbio de Braga em Portugal, região de origem da família Delgado.
Em seguida, nasce o bairro do Patrimônio, em terreno comprado pela Câmara Municipal de Lima Duarte para aforamento, entre 1895-1897. A iniciativa coube ao Presidente da Câmara e Agente Executivo Municipal, Coronel José Virgílio de Paula. O terreno pertencia à Paróquia de Nossa Senhora das Dores, sendo conhecido popularmente como “Patrimônio da Santa”, nome popular que recebiam as terras da Igreja Católica. O bairro, por isso, acabou por receber esse nome.
O Alto de São Francisco tem origem com a construção da capela de São Francisco de Assis das Chagas, por iniciativa de Francisco Delgado Mota, benta em 1905. A primeira rua de acesso descia em direção ao Largo, na frente da capela, aquela que hoje termina no Escadão. Com a abertura da estrada de ferro, naquele trecho, em 1923, foi cortada, sendo uma outra via de acesso aberta, gerando a atual Rua Apolo XI, seguida, na década de 1960, pela abertura da Rua Coronel Elisiário.
A Barreira nasceu em meados da década de 1910, como forma de acesso do centro à estação ferroviária. De início, havia apenas a atual Rua Jacintho Honório, com poucas casas, quase que apenas um caminho de acesso a fazendas e localidades próximas. Uma rua nova foi aberta no local, depois de esgotados os brejos (a barreira), reta e larga, a primeira rua planejada da cidade. Recebeu popularmente o nome de Rua Nova, antes de se chamar oficialmente Avenida Barão do Rio Branco. A rua antiga, por isso, foi chamada de Rua Velha. O nome do bairro vem-lhe dos brejos em que se assenta, com chuvas gerando muito barro.
Em seguida, nos primeiros anos de 1900, surge a Vila Afonso Pena, um prolongamento do Patrimônio, separado deste na década de 1960 com a passagem da BR 267. A criação do bairro foi uma iniciativa de João de Deus Duque Neto, em terras de sua propriedade, oferecendo lotes a amigos e favorecendo-lhes a aquisição. O nome é uma homenagem ao ex-Presidente da República, o mineiro Afonso Maria Moreira Pena, falecido em 1909.
No entorno da Parada Deocleciano Vasconcelos, erguida em 1925, nasceu o bairro Paradinha. Antes, era apenas um pasto de várzea, sujeito a alagamentos, drenado e aterrado pela Central do Brasil. Era uma área de muito movimento, porta de entrada da cidade, favorecida pelo movimento de carga e descarga de mercadorias e embarque e desembarque de passageiros.
Essa era a configuração da cidade até por volta de 1939.

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