POR ONDE ANDA
Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um ouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros.
Mara Nilce Campos Nogueira é Pedagoga/Arteterapeuta, filha de Nesclaro de Lima Campos (Neném Campos) e Heleni de Almeida Lima.
Ela saiu de Lima Duarte em 1987, quando foi passar férias na casa da irmã Mary Denise e nunca mais voltou. “Amei BH! É a cidade dos sonhos, com todos seus encantos de um futuro para jovens.”
Confira sua trajetória:
Trabalhei em banco, como secretária de uma empresa de São Paulo (Marcos Bassi), fui gerente de um dos 10 melhores restaurantes do Brasil, “Restaurante Vitelos e também participava como recepcionista dos Eventos da Abrasel. Trabalhei por 10 anos nessa empresa, que fechou em Minas. Fui viver sabática por 1 ano, jogando vôlei. Depois fui ser corretora de imóveis da Casa Mineira (na época era a maior e mais conceituada de BH. Logo fiquei grávida da minha segunda filha e abandonei a carreira de corretora em apenas 5 meses.
Voltei a estudar, fiz psicologia na PUC Minas, migrando para pedagogia na Uni BH (psicologia estava em baixa). Fiz estágio no Colégio Arnaldo, sendo contratada para Coordenadora do Infantil. Trabalhei por 5 anos nesse colégio e fui para a Instituição Pública.
Fiz pós graduação em Arteterapia, (Integrarte) e estágios. Depois fui contratada para uma Clínica de Repouso “Nosso Lar”, na Cidade Nova, exercendo a Arteterapia com idosos comprometidos, ou seja, com Demência, Alzheimer, Transtornos Depressivos, Ansiedade.
Na formação Continuada fiz o Curso de Psicologia Transpessoal e Pisicoterapia Transpessoal, Visão Holística e Reiki II. Atualmente trabalho na Instituição Pública, como Supervisora e Coordenadora do EMTI e estou aguardando as “normalidades” da pandemia e voltar para psicoterapia. Como hobby, faço arranjos permanentes florais.
Ainda tem parentes em LD?
Tenho uma irmã que mora em LD: a advogada Mary Denise. Infelizmente perdemos nossos pais em 2021. Um vazio enorme, mas lidar com as perdas também faz parte da vida. Hoje eu prefiro que a minha irmã venha para BH. Tenho ido muito pouco em LD…
Constituiu família?
Construí uma família linda aqui em BH, casada com João Lucio Nogueira. Temos dois filhos: Rafael (27 anos), faz Administração de Empresas. Marcella (21anos) faz Medicina Veterinária. E temos um neto, Lucca (3 anos), filho do Rafael.
O quê acha que LD mudou pra melhor? E pra pior?
Penso que Lima Duarte, pra melhor, progrediu. Uma cidade linda, pitoresca, com uma localização privilegiada, urbanamente cresceu demais. Prá quem gosta de interior, é o lugar perfeito!
Eu penso que melhorou muito, não ando por dentro do mercado de trabalho de LD, mas mediante o crescimento urbano, acredito que não haja mais a necessidade de sair para um centro grande.
Mudança pra pior, acredito que a modernização do “calçadão”. Na minha época, era maravilhoso, com seus casarões antigos e as ruas de pedras. Abomino terem tirado da praça (jardim de baixo) o famoso LD. Faltou criatividade, deveriam ter feito uma fonte com luzes e as letras LD.
Penso que falta uma escola técnica, uma faculdade, para que os jovens não tenham que se arriscar à noite na BR ou mesmo migrarem para grandes cidades.
Qual conselho você dá pros jovens limaduartinos que estão na fase de decidir futuro/profissão?
Conselho não, prefiro dizer Reflexão. No contexto atual, várias profissões surgem e muitas se adaptam nos caminhos da era digital. Quem almeja integrar nesse novo mercado tem obrigação de conhecer as novas tecnologias. Para competir com essa “inteligência artificial”, os jovens tem que ser criativos, estimular sua criatividade como se fosse “malhar” todo dia. A criatividade está cada vez mais requisitada no novo mercado de trabalho. Nesse sentido, a nossa educação está obsoleta. Hoje os educadores têm obrigação de trabalharem o campo da aprendizagem ATIVA.
Os jovens não podem ter pressa. Nem sempre conseguimos declinar rapidamente em nossas escolhas profissionais. E isso tem gerado a insatisfação e frustração, levando ao desânimo e às mudanças de cursos profissionais. Transformando os jovens de hoje em imaturos, geração canguru, sofrendo com as síndromes de SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), Transtornos da Ansiedade, depressão, bipolar, Transtorno bordenline, alimentar, hiperatividade, etc..