16 ANOS, ININTERRUPTOS, DE PRODUÇÃO CULTURAL
A Associação Cultural Caminho da Serra estará comemorando 16 anos de criação e projetos culturais em Lima Duarte neste ano. Em maio, mês de seu aniversário, as comemorações serão: Sarau com muita poesia, teatro, dança, música, desfile, cinema e muitas atrações bacanas. A Associação desenvolve e desenvolveu diversos projetos e atividades nas áreas de teatro, dança, poesia, artesanato, biblioteca e cinema para a comunidade e para as escolas do município há anos, porque acredita que a cultura agrega valores valiosos como a criatividade, a percepção subjetiva do mundo e o trabalho em comunidade.
Para o diretor de Teatro, Luciano Borges, a Associação é um grupo de pessoas com ideias em comum – a cultura, no caso e que tem como objetivo realizar projetos de forma voluntária e eventos culturais, para levantar fundos para a manutenção da mesma.
Luciano está no espaço desde 2013, quando entrou como aluno, e depois foi estagiário, sócio, professor e coordenador respectivamente. Ele iniciou sua trajetória como aluno de teatro, quando começou a faculdade e viu no curso da Associação uma forma prática para aprimorar o laboratório de estudos na área.
“O Homem do princípio ao fim” foi seu primeiro espetáculo e sua primeira vez em cena, oficialmente, em 2015. O segundo espetáculo, em 2017, foi “Mundo Jovem” e, em 2018, já assumindo a Cia. Varal de Teatro como diretor, apressaram “A Aldeia das Bruxas”, que permitiu o grupo participar de um festival nacional de teatro em São João Nepomuceno, no qual foram premiados.
Depois ensaiaram e apresentaram diversas peças como: “Era uma vez em Bodocongó, “Sherlock Holmes”, “Cruz Credo”, “Quem tem farelos?”. Durante a Pandemia da COVID 19, fizeram alguns trabalhos de vídeo e curtas, como, “Recesso”, “Rapunzel”, “Oração” e “O sapo rei”. Com a volta à normalidade, estrearam, em abril de 2022, “Romeu e Julieta”, como forma de comemorar também o aniversário da Cia de Teatro. Ainda em 2022, estrearam também o infantil “Os Saltimbancos”, e “O avarento e os fantasmas numa noite de Natal”. Fizeram também várias outras cenas curtas, durante os eventos no espaço cultural.
Para Luciano, a Associação Cultural passou por vários processos de altos e baixos, durante esses últimos anos. O espaço começou com o projeto “Rua das Artes” com o intuito de colorir a rua principal do Bairro Beira Rio, passagem para Conceição do Ibitipoca, dando mais cores e boas vindas aos turistas e visitantes de Ibitipoca. Tempos depois, foi criada a sede, juntamente com a biblioteca, o grupo de artesãos e o projeto de poesia, que fez muito sucesso na época. “Anos depois o espaço deu uma leve diminuída nas atividades e, com o início do teatro, o espaço voltou a ganhar mais visibilidade na área cultural da cidade”, considera. Como a vida é cheia de altos e baixos, com a Associação Cultural não é diferente, teve períodos bons, medianos, ótimos e ruins. Mas sempre resistindo aos desafios.
O Diretor teatral considera que toda Associação tem dificuldades parecidas, como a falta de pessoas comprometidas para compor a diretoria, devido a suas obrigações e falta de horários para conciliar as atividades. “Mas aos poucos vamos conquistando novos sócios e amigos, que se dispõem a compor e manter viva a instituição. A direção do espaço sempre troca, pessoas vão e pessoas vêm e, assim, continuamos!”
Luciano afirma que 2023 já começou com atividades diversificadas no espaço, como a Feira de Artesanato, o Bailinho de Carnaval e as comemorações do aniversário, em maio. Em Julho terá a Semana Cultural, em sua 4ª edição, com quatro dias de apresentações culturais, com entrada franca. E ainda têm outros projetos em mente para o segundo semestre, mas nada definido ainda.
Para Luciano Borges, Cultura é sinônimo de resistência! “E em Lima Duarte não é diferente! O poder público não tem a mesma visão do artista ao tratar de projetos culturais. E isso faz com que crie um empecilho no desenvolvimento e realização de projetos”, analisa. Ele ressalta que a cultura na cidade é rica e só falta ser mais valorizada! E explica que, no caso da Associação, quando não conseguem ajuda do poder público, “recorrem aos recursos próprios, como eventos e patrocínios dos amigos do comércio local, empresas que acreditam no trabalho e nos mantém de pé em tempos tão difíceis”, finaliza.