POR ONDE ANDA

Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros.
Daniel Senra Delgado, apesar de ter nascido em 1958, em São Paulo e morado até os 12 anos em Belo Horizonte, veio para Lima Duarte em 1970 e pode ser considerado um limaduartino.
Confira sua trajetória:
Estudei na Escola Nominato Duque, no Seminário Santo Antônio em Juiz de Fora e depois fui para o Colégio Salesianos em Barbacena. Porém, sempre frequentando a querida cidade de Lima Duarte, onde, em 1982, recebi o título de cidadão limaduartino.
Fui um dos fundadores do Bloco do Saco, quando ainda tinha 15 anos. Saí de Lima Duarte para estudar e trabalhar. Casei com filha de Lima Duarte, com quem tive uma filha: Thalita Oliveira Delgado.
Tenho vários primos ainda em Lima Duarte. Por parte da minha mãe, só tenho uma tia, Amarylles Delgado e tenho um único irmão, Tarcizio Senra Delgado.
Ultimamente, frequento Lima Duarte a cada 15 dias, apesar da distância, pois resido em Guaxupé, que fica 410 km de distância de Lima Duarte. Sou advogado militante na cidade de Guaxupé por 30 anos.
O que acha que LD mudou para melhor? E para pior?
Houve melhoria na infraestrutura da cidade, nos quesitos aparelhamento do comércio, bancos, estradas.
Não vejo avanços em alguns serviços básicos, como abastecimento de água, que continua precário: água suja, mal tratada, que ainda falta nas caixas de nossas residências com constância, um absurdo para uma cidade que possui tantas fontes de água. Saneamento precário, ainda com ruas no centro da cidade sem rede de esgoto, onde os imóveis à beira dos córregos ainda jogam diretamente o seu esgoto nesses mesmos córregos.
Saúde mal administrada, onde vejo sérias críticas ao atendimento hospitalar da Santa Casa, cujo problema vem de tantas outras gestões administrativas anteriores e que ainda persiste até os nossos dias. Entraves burocráticos em quase todos os setores da administração pública, como meio ambiente, engenharia, obras, DEMAE… que prejudicam o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade. O que pode ser solucionado com criação de conselhos deliberativos de conformidade com a legislação em vigor.
Discrepâncias enormes nas exigências legais para as construções – que é uma forma de crescimento e desenvolvimento de nossa cidade – quando há permissão de construção de prédios de cinco andares sem elevadores e há proibição de construção à beira dos córregos, onde já existe uma Ocupação Antrópica Consolidada. Absurda, mesmo porque o Governo Federal transferiu a legitimidade aos Municípios de resolver os problemas advindos das chamadas APP – Área de Preservação Permanente, seja Urbano o que vem acarretando o desenvolvimento urbano da cidade.
Já alcançou alguns dos seus objetivos pessoais e profissionais? Quais?
Muitos objetivos por mim foram alcançados, principalmente na área filantrópica, onde tive a oportunidade de criar abrigo para crianças abandonadas na cidade de Guaxupé, dentre outras atividades exercidas naquele município.
Qual seu maior sonho?
Meu maior sonho é ver Lima Duarte progredir e chegar à velhice com saúde.
Como você lida com a distância da família, amigos e terra natal?
Distância da convivência com a família é algo que aprendi desde muito cedo. Mas hoje mantenho residência também em Lima Duarte, o que me faz ficar mais próximo de Lima Duarte e certamente mais próximo dos meus familiares.

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