MERCADO FUTURO E O MEU NEGÓCIO: PARTE 2
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia” (William E. Deming)
Caro leitor, antes de iniciarmos nossa conversa, gostaria de desejar-lhes um ano com muita saúde e prosperidade, de começos e recomeços. 2023 começou com inúmeras turbulências na política brasileira, o que traz à tona como ainda estamos despreparados para agir nas adversidades. Que possamos caminhar em paz e em harmonia no decorrer desse ano que se iniciou há pouco, para que alavanquemos ainda mais a economia do país e contribuindo em muito com o desenvolvimento social das famílias brasileiras.
O mundo gira em torno de economias e, na atualidade, todas vem sofrendo oscilações com diversas situações que aconteceram e que vem ocorrendo. A guerra entre Rússia e Ucrânia gerou a crise dos fertilizantes, com oscilações na distribuição, comercialização e precificação. Na Europa há o desabastecimento de gás e crise na política monetária. A China passa por uma grave seca e,novamente, o avanço da COVID 19. Em épocas de crise e instabilidade econômica, os investidores optam por trocar seus investimentos menores e mais instáveis por ações negociadas em dólar, o que justifica a valorização da moeda norte americana, mesmo que o país esteja passando por uma instabilidade monetária.
O primeiro passo para investir no mercado de ações é entender sobre o câmbio. Investir em reais ou dólar? O mercado de ações segue a mesma lógica dos mercados em geral, oferecem um produto (ações) em troca de capital. As empresas colocam à venda suas ações de valores mobiliários, que correspondem a “fatias” de suas organizações em troca de capital para desenvolvimento e pesquisa. Ao investirmos em ações, passamos a obter lucro quando a empresa cresce, aumentando os valores das “fatias” que adquirimos.
No Brasil há uma única bolsa de valores, a B3, resultado da fusão entre as antigas Bovespa, BM&F e Cetip. Sendo a principal instituição de intermediação do mercado de capitais, a B3 desenvolve, implanta e provê sistemas para negociação de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias. Para o intermédio entre os compradores, vendedores e a bolsa de valores há as corretoras de valores e distribuidoras, pois não existe a possibilidade de negociação direto nos pregões da bolsa. Essas empresas oferecem serviços variados a seus clientes, como: suporte sobre o funcionamento da bolsa, dados do mercado e relatórios de recomendações de ações, Home Broker (negociação de ações pela internet), sistemas para análise de ações, informações sobre recebimentos e dividendos, e muitos outros.
O capital das empresas é dividido em centenas, milhares ou milhões de pequenas “fatias” e, cada uma delas é uma ação. Não existe apenas uma forma de investir no mercado de ações. Há uma infinidade de técnicas e estratégias diferentes de operar com renda variável. São elas:
– DAY TRADE: são negociações de curtíssimo prazo. Compra e venda de ações no mesmo dia, pelo mesmo investidor, usando a mesma conta e a mesma corretora, por esse motivo a liquidação é exclusivamente financeira.
– CURTO PRAZO: investimentos de dias, semanas, meses ou até um ano. Mesmo com compra e venda não sendo finalizadas no mesmo dia é necessário que haja acompanhamento constante do mercado, pois se baseiam em achar oportunidades melhores para potencializar o ganho em pouco tempo.
– LONGO PRAZO: o investidor torna-se sócio da empresa e tende a ganhar junto conforme a receita cresce e os resultados aparecem. É de extrema importância lembrar que os preços das ações variam conforme as condições de mercado, mesmo as ações refletindo os resultados da empresa. Essa modalidade é uma opção para quem não tem disponibilidade de acompanhar o mercado financeiro diariamente.
– LONG SHORT: nessa operação o objetivo é vender a ação antes mesmo de comprá-la. Numa operação tradicional de compra, o principal objetivo é adquirir ações por um preço mais baixo e, no futuro, vender por um preço mais alto. Já em uma operação “vendida” o raciocínio é o oposto, vender as ações e recomprá-las mais tarde por um valor mais baixo, embolsando a diferença.
Em resumo, para começar a investir é necessário ter certeza que o mercado de ações se encaixa com as suas condições financeiras. Posteriormente, abrir uma conta de uma boa corretora de valores, escolher a estratégia de compra e venda de ações, se decidir entre a mesa de operações ou o Home Broker. Pronto! Agora é só escolher as ações e começar a formar uma carteira. Mas lembre-se sempre: para se ter sucesso no mercado de ações é fundamental estar em sintonia com os acontecimentos na economia, na política, desenvolvimento social e novidades de mercado. Por isso, leia e estude muito!
Um grande abraço!