“O MISTÉRIO DA INSCRIÇÃO NA PEDRA EM PEROBAS”

Ao passar pela Estrada de Perobas, você vai se deparar com uma inscrição na pedra, com os seguintes dizeres: “VIVA Dr.V.A.F. 18/03/1939- J.M.” Por vários anos esta inscrição despertou curiosidade nas pessoas: Qual seria o significado desta inscrição? As especulações eram muitas: Por que esta inscrição foi feita? Quem seria esta pessoa? Um médico, um Engenheiro , um Político? Teria ele falecido neste local?
Decidi tentar descobrir o significado desta inscrição, pois desde pequeno sempre tive interesse pela história. Herdei este dom de meu Avô João Elóy, que foi Prefeito de Olaria-MG e fundou um Museu que leva seu nome.
Comecei perguntando para as pessoas mais antigas do povoado de Perobas, se alguém sabia o significado daquela inscrição. Em conversa com o Sr. Manoel, do Armazém de Perobas, ele me falou que “aquela inscrição foi feita na época da construção do Ramal ferrovíário/rodoviário, que ligaria a cidade de Lima Duarte a Bom Jardim de Minas e que ela foi feita em homenagem ao Engenheiro da Obra, um tal de Dr. Vasco”.
A procura pelo significado da inscrição começou a dar resultados, mas faltava mais detalhes. Aí entra o apoio de Marco Antonio Silva, Historiador de Lima Duarte-MG, que em pesquisas adicionais conseguiu descobrir o significado da inscrição. Ele descobriu que a inscrição se referia a Dr. Vasco de Azevedo Filho, que foi Engenheiro responsável pela construção do ramal Rodoviário/ferroviário de Lima Duarte a Bom Jardim de Minas.
Com base nestas informações e em pesquisas adicionais na internet, ficou fácil descobrir quem foi Dr. Vasco de Azevedo Filho. Ele era natural de Pitangui-MG e foi Engenheiro do Ministério de Viação e Obras Públicas, trabalhando na construção de várias rodovias e ferrovias no Brasil. Também exerceu a função de Chefe do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
Portanto, foi desvendado o “Mistério da inscrição na Pedra –VIVA Dr.V.A.F.- 18/03/1939 – J.M.”. Ela foi feita em homenagem ao Dr. Vasco Azevedo Filho, Engenheiro responsável pela obra. De acordo com o Sr. Manoel, ela teria sido esculpida na pedra por um funcionário da Firma Resende Costa, José Marques, cujas letras iniciais, J.M., aparecem também na inscrição.