CIRCO REABRE EM LD

A família responsável pelo Roxane Circus apostou todo o trabalho e economias para recomeçar os espetáculos. Após 1 ano e 5 meses parados devido à pandemia, eles tentam recomeçar as atividades culturais na cidade que muito bem os acolheu em 2020, quando tido parou para evitar o avanço da Covid 19.

Respeitável Público! O espetáculo vai recomeçar!
A família responsável pelo Roxane Circus apostou todo o trabalho e economias para recomeçar os espetáculos. Após 1 ano e 5 meses parados devido à pandemia, eles tentam recomeçar as atividades culturais na cidade que muito bem os acolheu em 2020, quando tido parou para evitar o avanço da Covid 19.
A família espera receber e agradar os limaduartinos com seus espetáculos e guloseimas, seguindo todas as regras e protocolos de prevenção à doença.
Confira um pouco da história deles:
Quando e onde foi criado o circo Roxane?
O Roxane Circus foi criado em 21 de junho de 2019. Mas antes de ter o status de circo, éramos uma trupe, a trupe do palhaço Maluquinho. Essa, por sua vez, tem origem no nordeste do Brasil, quando José Ronaldo nasceu literalmente embaixo da tenda. Depois, com o passar do tempo, montou uma trupe com seus outros 4 irmãos mais novos, até conhecer a sua esposa Fernanda e, assim, tornaram-se circo.
É formado por quantas pessoas? Antes da pandemia éramos 7 pessoas. Depois da pandemia houve a necessidade de contratar uma família argentina, pois os outros integrantes tiveram que trabalhar em empregos fixos em outras cidades. Atualmente estamos com 8 componentes.
Quem é o dono? Ronaldo e Fernanda Roxane.
Há quanto tempo estão em LD? 1 ano e 5 meses.
A pandemia chegou e pegou vocês de surpresa? Sim. Havíamos estreiado há apenas 3 dias e iríamos ficar mais uns 15 dias na cidade. Nossa rota é sentido São Paulo.
Todos os integrantes ficaram aqui? Apenas Ronaldo, Fernanda e as duas crianças.
Como sobrevivem há mais de uma ano sem trabalhar no circo? No comecinho nos mantivemos com doações, em seguida eu trabalhei no setor de cultura voluntariamente, para trazer os recursos da Lei Aldir Blanc para Lima Duarte. Ajudei a trazer R$130 mil para a cidade, para beneficiar 16 espaços culturais, inclusive nós, do circo. Estava ciente deste auxílio referente à pandemia e a administração passada aceitou minha consultoria. O circo inteiro era financiado. Passado isso, começamos a trabalhar com o delivery dos nossos doces e temos um loja no ifood em Lima Duarte
Como foi o acolhimento da população? Eles foram encantadores e ainda são: pessoas bondosas, generosas, preocupadas, humanas sempre a nosso favor, sempre nos socorrendo. Nós entramos na pandemia com aproximadamente R$1.900,00 de parcelas mensais para pagar e elas não pararam.
Essa história de amor com a cidade de Lima Duarte será contada de geração em geração, com cada detalhe, entre os circenses da família Roxane e os circenses de todo o Brasil, enquanto houver memória.
As crianças estudam aqui? Sim. Estudam no colégio Piaget. Eles cuidam dos estudos das crianças até hoje, sem nenhum custo. Inclusive a pequenina Helena foi alfabetizada na Pandemia, totalmente on line, pela tia Jalile. Isso é incrível! Samara encontra-se no ensino médio, o que nos deixa muito contentes. A Internet Alta Vista mantém, junto com a escola, os estudos das pequenas, gratuitamente.
Como foi a reabertura? A prefeitura nos convidou a retomar, o que nos deixou com muito medo, pois isso geraria um custo muito alto. Teríamos que recontratar famílias que custam, no mínimo, meio salário mínimo semanal. Mas como estamos no espaço público, precisávamos aceitar. Reformamos tudo, tiramos dinheiro das parcelas dos carros.
Mas veio a surpresa dos impostos da reabertura, o que nunca havia acontecido antes por sermos manifestação artística cultural e além disso, somos MEI. Mas não houve jeito. As taxas, que incluem o uso do espaço público, somavam quase R$700 e, para ter o alvará, apenas pagando-as.
Houve a proposta de oferecer ingressos grátis, para que a população carente pudesse consumir mais cultura, mas não houve margem para acordo legal. A administração teve realmente que cumprir um Código Tributário antigo, que não se encaixaria numa situação de emergência como a pandemia. Esse foi o valor mínimo que conseguiram, com todos seus esforços. Não temos envolvimento com política e agradecemos a ambas as administrações, pelos esforços em nos ajudar.
Nosso medo é de que o público não viesse e realmente o pouco público que veio não cobriu nem um terço das taxas e despesas. Infelizmente, teve dia de trabalharmos para apenas 2 famílias, seis pessoas no total.
Reduziram a capacidade de público em quantos %? 20% do público: 60 pessoas.
As atrações são as mesmas ou tiveram que mudar também? Mudamos, pois contratamos a família argentina.
Pretendem ficar mais tempo aqui? Infelizmente não tem outra praça aberta em Minas no momento e não temos ainda condições nem de sair do lugar. Portanto sem previsão, nossa esperança é que o público venha, pois gastamos as reservas numa retomada esperançosa, mas muito cara e agora a situação está pior que antes.
Já estão vacinados? Não. Quando fomos convidados para a retomada, houve esse pedido da minha parte no meu requerimento, visto que iríamos nos colocar em risco. Mas ainda não tivemos uma resposta.

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