POR ONDE ANDA?

Temos uma coluna no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. Confira:
Me chamo Elenice Maria Paiva Morais. Nasci em Lima Duarte em 12/05/1952. Sou filha de Sandoval de Paiva e Hebe Aparecida Barros Fonseca Paiva, ambos limaduartinos e já falecidos. Tenho duas irmãs, Denise e Janice, que moram no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, respectivamente.
Morei em Lima Duarte até os 18 anos e mudei para Belo Horizonte para estudar. Fiz Curso de Psicologia na Pontifícia Universidade Católica e me formei em 1976. Trabalhei em diversos locais como psicóloga, mas foi no Hospital Galba Veloso, instituição psiquiátrica da Rede FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), que minha atuação profissional foi mais relevante e durante 30 anos.
Fiz duas especializações nas áreas de Psicologia, Saúde Mental e Clínica e Psicologia Jurídica. Todo o trabalho que realizei durante os longos anos no Hospital Galba Veloso foi muito marcado pela minha participação nos movimentos da luta antimanicomial, que mobilizou centenas de profissionais a favor da reforma psiquiátrica e a implantação de novas políticas de Saúde Mental. Luta essa que hoje é comemorada pela vitória de grandes conquistas.
Me aposentei há oito anos, mas continuo atuando como psicóloga clínica no meu consultório, prática essa que exerço desde quando formei.
Em Belo Horizonte construí minha vida profissional e pessoal. Me casei e tive duas filhas, Clarice e Maíra, que hoje estão com 43 e 37 anos, respectivamente. Fiquei casada durante 29 anos com Aloísio, que foi meu namorado desde meus 16 anos…
Gosto muito de Belo Horizonte! É uma cidade ótima e desde quando vim para cá, optei por construir minha vida aqui.
Desde quando vim morar em BH, nunca deixei de retornar a minha terra natal, Lima Duarte. pelo menos umas cinco, seis vezes durante o ano. Amo demais minha terrinha! Foi lá que tive o privilégio de viver uma infância linda e muito feliz ao lado da minha mãe, avós, tios, primos e vizinhos maravilhosos. Pareciam uma grande família, já que todos se conheciam e tinham uma amizade sólida, repleta de carinho e total confiança…
Tanto a minha infância e adolescência foram saudáveis, super alegres e sempre cheia de emoções. Estudei no grupo Escolar Bias Fortes e depois no Colégio Estadual de Lima Duarte, onde fiz o segundo grau e o magistério. Tive professores excelentes, inesquecíveis e “imortais”.
Além de ter adquirido uma formação acadêmica inigualável, tive uma formação emocional excelente, com referências fundamentais, que me prepararam para construir um futuro com muita segurança, independência, preenchida de valores, que me acompanham pela vida afora.
Ao longo da minha vida, perdi meus avós, e depois minha querida mãe, que nos deixou ainda muito nova… Momento de muita tristeza para mim, minhas irmãs e toda família, já que fomos criadas por ela, pois perdemos nosso pai muito precocemente. Nossa mãe foi um exemplo de força, bondade, generosidade e amor. Com ela aprendi a importância de ter uma vida saudável, feliz e de doação ao próximo…
Atualmente tenho uma família maravilhosa, que mora em Lima Duarte: tios, primas-irmãs, primos e muitos amigos, de infância, adolescência, que fazem parte da minha história e preservam esse laço indissolúvel de muito carinho, afeto e amizade.
Me emociono sempre quando retorno em minha terrinha. O coração bate forte, sei que é um retorno às origens, a um tempo lindo, que não volta, mas é sempre invadido pelas lembranças inesquecíveis, que estão presentes na alma da gente. Os bailes na Associação e os chás dançantes no Minas, os Carnavais nos clubes e os blocos na rua, as procissões da Semana Santa, as Missas lindas na Matriz, celebradas pelo Padre Raimundo, as festas incríveis do Albergue, o cinema e suas matinês, desfiles, teatros e etc…
Tudo muda, tudo passa, mas a saudade estará sempre presente. Continuo amando a terrinha, mesmo com diversas mudanças, que acompanham a evolução, que fazem parte…mas é a melhor cidade prá se viver!
Sempre que volto…chego cantando aquela música linda, que associo a esse retorno, que, quem sabe um dia será para ficar eternamente???:
“Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade…trazendo um sorriso sincero, um abraço…”

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar