INCÊNDIO E REABERTURA DO PARQUE DE IBITIPOCA
O incêndio no Parque Estadual de Ibitipoca foi controlado na quarta feira, dia 30/09, mas o trabalho envolveu ainda o rescaldo em vários pontos, para evitar que as chamas se reiniciem. A reabertura do Parque, prevista para 30/09, precisou ser adiada por causa do incêndio. Apesar das chamas que consumiram cerca de 500 hectares de uma área dentro do Parque, a Unidade de Conservação foi reaberta ao público na quarta-feira, dia 07/10.
O incêndio, de grandes proporções, começou em uma fazenda próxima ao Parque Estadual do Ibitipoca, às 17h30 de domingo (27/09), espalhou-se para dentro da unidade de conservação e ameaçou os principais pontos turísticos da área. A área queimada no interior da unidade foi de 350 hectares e na zona de amortecimento, de 150. Cerca de 80 pessoas atuaram no local, entre funcionários do parque, brigadistas voluntários e militares do Corpo de Bombeiros. Também foi usado um helicóptero dos bombeiros e dois Air Tractors, auxiliando as equipes. Um helicóptero particular também apoia a operação. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas. Uma avaliação completa será feita posteriormente.
O Parque Estadual do Ibitipoca abriga 30 espécies endêmicas, aquelas que não são encontradas em mais nenhum outro lugar do planeta, e muitas espécies ameaçadas de extinção. Cerca de 70% da área, cerca de 1.400 hectares, são campos rupestres, vegetação típica do cerrado e da caatinga. Mas tem, entre esses campos, no meio da unidade, pequenas matas de Mata Atlântica.
O anúncio de reabertura do Parque foi feito dia 30, em coletiva do diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas, Antônio Malard. Segundo ele, o serviço de agendamento para visitar o local começou na segunda-feira, dia 5/10. “Estamos aptos novamente a reabrir a unidade de conservação ao público”, explicou. O IEF informou ainda que realiza uma campanha de conscientização de prevenção a incêndios todos os anos.
O fogo não chegou a atingir estruturas do parque, como a sede e a portaria, e estava espalhado em focos na vegetação, mas queimou cerca de 35% da unidade de conservação. Foram cerca de 500 hectares de área atingidos, o equivalente a 500 campos de futebol.
A reabertura do Parque seria no início de outubro. O IEF ressaltou que a unidade estava novamente apta a receber os visitantes, seguindo os critérios utilizados pelo órgão responsável por administrar os parques estaduais em Minas, definidos a partir do programa Minas Consciente. A ferramenta foi criada pelo Governo do Estado para balizar a reabertura gradual e segura dos setores econômicos e turísticos durante a pandemia da Covid-19. Outras 18 unidades de conservação, como os parques estaduais do Rio Doce e Pico do Itambé, também foram reabertas ao público.