ROMEIROS DE LIMA DUARTE VISITAM APARECIDA
A cavalo ou de bike, participantes contam suas experiências
Ronaldo Nunes Mariano, 35 anos, empresário em Lima Duarte é organizador da romaria que visita Aparecida numa rota de bibicletas. Este ano, o percurso aconteceu de 15 a 17 de julho totalizando 23 horas de pedal. A rota se deu pela saída de Lima Duarte (Souza do Rio Grande), passando pelas cidades de Bom Jardim (MG), Liberdade (MG), Santo Antônio (MG), Rio Grande (MG), Itamonte (MG), Passa Quatro (MG), Cruzeiro (MG), Lorena (SP) até Aparecida do Norte.
A motivação, segundo Ronaldo é o intuito de cumprir promessas dos participantes que seguiram de bike e contaram com apoio de um carro que os seguiu durante todo o trajeto. Esta Romaria de bike já contabiliza cinco edições. Seus participantes se mesclam entre amigos e conhecidos.
Para participar da romaria é preciso ingressar no grupo de whatsapp administrado por Ronaldo, onde ele detalha todas as peculiaridades da viagem. Dentre as especificidades, Ronaldo cita medidas de segurança adotadas, como o uso de capacete, óculos, roupas próprias de ciclistas e realização da rota de forma conjunta.
A próxima romaria de 2020 já tem data prevista para ocorrer entre os dias 13 a 15 de julho. Para o empresário e organizador “a sensação é de arrepiar quando avistam a Basílica”. Para ele, trata-se de um ato renovador de fé.
Em outra Romaria, dessa vez a cavalo, Bernardo Moreira relatou sobre a viagem que se iniciou em 29 de junho com retorno em 8 de julho, num total de 10 dias de viagem desfrutados por 21 cavaleiros e 1 pessoa no caminhão de apoio.
A motivação dos cavaleiros é a fé em Nossa Senhora Aparecida e o amor pelas cavalgadas. Bernardo reitera que várias medidas são efetivadas mesmo antes das viagens, contando com reuniões para organização dos pontos de apoio, paradas, pernoites, alimentação, valores, dentre outros detalhes. Neste ano, ele ressalta que foram feitas visitas às pousadas, pastos e restaurantes, para garantir a boa estadia de todos os cavaleiros e animais. Fato este que não acontecia nas cavalgadas anteriores. Além disso, o caminhão de apoio, que dá suporte à viagem, vai equipado com medicamentos para os animais, ração, silagem, alimentos para lanches e bolsas. Ele é a garantia do cavaleiro para um viagem tranquila.
Ele cita que a participação é aberta aos interessados, mas a prioridade é de quem solicita e confirma a presença com antecedência. Este ano, para o melhor conforto de todos, saíram duas turmas de Lima Duarte: uma dia 29 de junho e outra dia 30 de junho. A ideia seria a primeira turma aguardar a segunda na chegada e chegarem as duas juntas. Essa movimentação seria interessante para trazer conforto a todos, pois, turmas maiores que 20 pessoas gera uma cavalgada mais pesada, por aumentar muito o número de animais.
Dentre as dificuldades, Bernardo cita que nessa edição, a grande complexidade ficou por conta da chuva. Por essa razão, fez-se necessário pernoitar em Pintos Negreiros, distrito da cidade de Maria da Fé por 2 noites. Lá, dormiram em uma escola e foram muito bem recebidos pela família do Diego, que passou a ser um amigo de cada um do grupo. No dia seguinte, para não atrasar a viagem, foi preciso encarretar os animais e seguir por aproximadamente 32 km de caminhão, até chegar na Serra de Charco e finalizar a parte da viagem a cavalo.
Algumas das curiosidades da empreitada é a discrepância de idade entre os participantes. Nessa edição tiveram a presença de uma criança de 9 anos e um senhor de 73 anos. Ambos chegaram muito bem em Aparecida. Na chegada, inclusive, fizeram a descoberta de que o Sr. Manoel do Táxi, que tem 73 anos e completava 10 cavalgadas a Aparecida, possui a mesma idade da Basílica, fundada em mesmo mês e ano de seu nascimento.
Perguntado sobre a emoção da empreitada, Bernardo conta que é muito emocionante, ao perceberem o desafio de percorrer um longo caminho, numa viagem nem sempre fácil, onde a determinação e a fé são os combustíveis para motivar cada cavaleiro.