Temos a Coluna “Por Onde Anda?” no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje tem outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. Confira:
Nome completo, idade, profissão, filiação: Maria Cândida Motta de Assis, 70 anos, aposentada.
Sou conhecida por Candinha.
Pais: Domingos Jose de Assis e Marina Motta de Assis.
Fiz o primário, ginásio e normal em Lima Duarte.
Sou solteira e não tenho filhos.
Para onde foi inicialmente? Fazer o quê? Qual sua trajetória ao longo desses anos? Onde morou, estudou e trabalhou?
Minha experiência como professora primária foi em São José dos Lopes, durante um ano e gostei muito, mas não entusiasmei com a profissão.
Muito antes de terminar o curso normal, tive a primeira experiência profissional. Foi na Santa Casa de Misericórdia de Lima Duarte onde meu pai era provedor e queria que eu ajudasse nesta instituição em qualquer coisa que fosse. Fui pra parte administrativa, aprender com Senhor Homero Vieira Pinto, farmacêutico, diretor administrativo e financeiro da Santa Casa, com o qual aprendi muito e guardo eterna gratidão e admiração. Lá tive o privilégio de conhecer a Dona Cota, que era parteira, cuidadora dos doentes e de uma bondade sem limite com seus pacientes. Graças a Dona Cota e, mais tarde com a enfermeira Marilia, que também trabalhava na Santa Casa, comecei, encorajada por elas, a me envolver no cuidado com os pacientes. Essa vivência maravilhosa foi determinante na escolha definitiva da minha profissão. Resolvi ir pra Juiz de Fora, fazer cursinho pra vestibular pra enfermagem, pois queria ser enfermeira.
Terminei o curso de Enfermagem em dezembro 1972 e, em janeiro de 1973, já estava trabalhando em Brasília, num hospital público da Secretaria de Saúde.
Após 8 anos em Brasília, em 1981, surgiu a oportunidade de ir trabalhar no Paraná/Foz do Iguaçu, no Hospital da Hidroelétrica de ITAIPU, até 1985.
Retornei a Brasília pra Secretaria de Saúde, na área de saúde pública, na coordenação do Programa de Controle da Tuberculose do DF, até 2002, quando me aposentei. Mas não parei por aí e, como tinha muito ânimo e vontade de continuar trabalhando nesta área, em 2003 fui pro Ministério da Saúde, para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, até 2011.
O tempo que trabalhei com saúde pública, precisamente com tuberculose, foi o mais prazeroso e gratificante da minha vida, porque tive a oportunidade de trabalhar com profissionais engajados e comprometidos nesta luta, como também conhecer a problemática do controle da tuberculose em todo o Brasil.
Moro em Brasília desde 1973 e gosto daqui desde que cheguei.
A história da criação de Brasília e sua beleza me emocionam e fazem parte da minha vida.
Amigos e amigas aqui criados fazem parte da minha estória.
Ainda tem parentes em LD? Quem? Vem sempre aqui?
Vou sempre a Lima Duarte, onde tenho primos, porque os tios se foram.
Amigos queridos, tenho muitos aí.
Acompanha notícias da terra natal? Como? Tem saudades daqui?
Saudosas lembranças dos tempos de ginásio, campeonatos de jogos de vôlei, os famosos bailes da Associação, dos carnavais de clube então, nem se fala…
O que acha que LD mudou para melhor? E para pior?
Fico triste de não ter cinema em LD (embora seja a realidade das cidades do interior).
Sabemos que os tempos são outros, mas a falta de eventos socioculturais em LD é muito grande.

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Também

Fechar
Fechar