POR ONDE ANDA?

Estamos criando uma coluna nova no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros.

Estamos criando uma coluna nova no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje têm outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros.
Nesta edição, o entrevistado é Cil Farne Guimarães, 43 anos, casado, com 2 filhos e experiência de 30 anos em que deixou Lima Duarte para trilhar um caminho de muito estudo e trabalho. Cil Farne é filho de Liandyr de Paula Guimarães, notório professor e ex-político em Lima Duarte; e Marlethe Aparecida Machado Guimarães, reconhecida comerciante da cidade há mais de 40 anos. Confira o perfil e a entrevista completa:
Nome: Cil Farne Guimarães – 43 anos
Casado com Vivian Maria de Paula Monteiro Guimarães
Filhos: Gabriel (4 anos e meio) e Miguel (1 mês).
LD&CIA- Há quanto tempo deixou a cidade?
Deixei a Cidade em 1988, com 14 anos, para fazer CTU em Juiz de Fora.
LD&CIA – O quê mudou na sua vida desde então?
A maior consequência em minha vida é a eterna saudade que tenho da minha terra. Lima Duarte é minha Pasárgada!
Quando terminei o Colégio Técnico, fui para Belo Horizonte cursar a escola de Oficiais da Reserva do Exército (CPOR), pois queria ser Oficial do Exército durante meus estudos no almejado Curso de Direito. Lá fiquei no ano de 1993. Em 1994 iniciei meu Curso na Faculdade de Direito Vianna Júnior e também o estágio como 2º Tenente. Já em 1995, assumi as funções de Oficial de Intendência no Hospital Geral de Juiz de Fora, ficando até Janeiro de 2001. Em março de 2002 retornei ao Exército, através de Concurso, como Oficial de Carreira, quando fui para Salvador- BA, cursar a Escola do Quadro Complementar de Oficiais(QCO). Terminada a Escola, fui servir no Rio de Janeiro – cidade mais próxima de Lima Duarte, com vagas para Oficiais de Direito na época. Em 2004 resolvi deixar a Carreira Militar, pois queria dedicar mais ao Direito, uma vez que no Exército eu era Assessor Jurídico e militar ao mesmo tempo, o que acabava tirando o foco de meu objetivo principal. Fiz concurso para a Advocacia Geral da União, ingressando na Carreira de Advogado da União em 2005. Trabalhei inicialmente em Brasília; depois Belo Horizonte e em 2014 pedi transferência para Rio Branco, no Acre, pois a Vivian foi aprovada no Concurso para Procuradora da Fazenda Nacional e iniciou a Carreira lá, onde ficamos até Julho de 2016. Atualmente estou em Juiz de Fora.
Muita coisa aconteceu nestes 30 anos “fora” de Lima Duarte. As aspas são propositalmente colocadas pelo fato de nunca ter deixado de frequentar Lima Duarte. Mesmo morando no Acre, procurávamos ir à saudosa terra no máximo de 2 em 2 meses. Na minha vida pessoal, só tive acréscimos neste período: além de manter um vínculo muito forte com meus familiares de Lima Duarte, constituí meu núcleo familiar, que este mês, foi coroado com nosso segundo filho, numa demonstração inequívoca do amor de Deus, presenteando meu casamento com a Vivian com o Gabriel e Miguel, anjos que só nos trazem alegrias e vontade de viver. O amor é tão grande por Lima Duarte que fiz questão de ir aí registrar meus 2 filhos. Nessa caminhada, também fiz muitos amigos e tenho tido a oportunidade de aprender todos os dias.
LD&CIA – Qual o seu ramo de atuação hoje em dia?
Sou Servidor Público Federal, na Carreira de Advogado da União. Estou atualmente exercendo a Chefia da Procuradoria da União em Juiz de Fora – MG.
LD&CIA – Qual o aprendizado que esta experiência de sair de Lima Duarte e ir se aventurar longe da família proporcionou a você?
Saber que se você quer algo, basta perseverar, ser leal com as pessoas e com você mesmo e confiar em Deus. Ou seja: “basta ser sincero e desejar profundo”.
LD&CIA – Quais as maiores dificuldades enfrentadas?
Todas que alguém que busca melhorar, enfrenta. Mas aprendi que o sol nasce sempre numa nova manhã.
LD&CIA – Teria algum conselho para aqueles limaduartinos que sonham em conquistar oportunidades fora da cidade?
Não existe almoço de graça. Se você deseja realmente sair de sua terra natal, vá adiante, mas não pense que será só mil maravilhas. Às vezes, o seu oásis está ao seu lado e você anda quilômetros pra buscar um copo d’água. Eu sou realizado.
LD&CIA – Qual a sua relação com Lima Duarte hoje?
Tenho vários familiares aí, além de vários tios, tias, primos, primas, meus pais e dois irmãos moram aí com suas famílias, inclusive minhas sobrinhas estudam no saudoso Ginásio, hoje Escola Adalgisa. A família da Vivian também mora aí. Tenho amigos e amigas queridos aí. Agora que estou em Juiz de Fora, vou quase todo final de semana. O futuro, a Deus pertence. Mas não acredito que volte a morar em Lima Duarte em pouco tempo, pois, apesar de ter 25 anos de serviço público, os “ventos” sopram que terei que trabalhar até “cair os dentes”, para me aposentar. Se valeu à pena? A Alma é grande! Viva Lima Duarte!!!!

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