GREVE AFETOU SETORES DE LD
A greve dos caminhoneiros, contra o aumento nos preços dos combustíveis, condições das rodovias e preço dos pedágios, durou dez dias e causou reflexos sobre o abastecimento de combustíveis, alimentos e remédios em todo o Brasil. Em Juiz de Fora, alguns setores e serviços ficaram comprometidos, impactando, também, a vida de limaduartinos e cidades vizinhas. Aqui, convivemos com falta de produtos como gás, remédios e hortifrutigranjeiros e encaramos filas para abastecimento. Confira:
A greve dos caminhoneiros, contra o aumento nos preços dos combustíveis, condições das rodovias e preço dos pedágios, durou dez dias e causou reflexos sobre o abastecimento de combustíveis, alimentos e remédios em todo o Brasil. Em Juiz de Fora, alguns setores e serviços ficaram comprometidos, impactando, também, a vida de limaduartinos e cidades vizinhas. Aqui, convivemos com falta de produtos como gás, remédios e hortifrutigranjeiros e encaramos filas para abastecimento. Confira:
Os Correios ficaram com a logística de entrega comprometida, suspenderam alguns tipos de postagens e aumentaram prazos de entrega dos serviços.
A entrega de combustível ficou comprometida, gerando grandes filas de carros nos postos que ainda tinham ou receberam gasolina, diesel e etanol em Lima Duarte e região.
Saúde
A Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes), desde 25/05 suspendeu os serviços e vai reagendar os procedimentos posteriormente. A Acispes conta com 26 municípios consorciados, de onde recebe cerca de 500 pacientes diariamente para consultas e exames de média complexidade.
O Hospital Universitário (HU) da UFJF suspendeu todos os internamentos e cancelou os procedimentos cirúrgicos eletivos.
Na Fundação Hemominas, que costuma receber caravanas agendadas para doações aos sábados, houve queda no número de doações e a prioridade foi para manter o estoque para atendimento aos casos de urgência e emergência.
As farmácias de Lima Duarte sentiram o efeito da paralisação. Alguns medicamentos começaram a faltar e as encomendas feitas antes não chegaram durante os dias de paralisação.
Educação
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) determinou a suspensão das aulas em todas as escolas da rede estadual desde 25/05.
Nas escolas municipais, apenas o transporte de alunos foi reduzido, não havendo cancelamento de aulas.
Limpeza Urbana
A Prefeitura divulgou um comunicado reduzindo a coleta de lixo em alguns dias e ruas, pedindo à população que levasse o lixo até os latões colocados em pontos de passagem do caminhão.
UFJF
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu as aulas nos dias 24 e 25, nos cursos presenciais e à distância, no campus e no Colégio de Aplicação João XXIII. Os Restaurantes Universitários passaram a oferecer, no almoço e jantar, sanduíches, saladas e sucos, para economizar gás.
Alimentação
A situação dos produtores de aves, laticínios e suínos ficou complicadíssima, pois faltou ração para alimentar os animais e mais de 30 milhões de litros de leite ficaram presos em caminhões parados nas estradas e foram descartados.
Produtores descartaram ovos férteis porque não conseguiram retirar frangos para abate e os criatórios ficaram superlotados. Com a greve, os produtos não chegaram aos supermercados, os depósitos de carne de frango e porco ficaram sem espaço para armazenagem.
No Ceasa, dia 24/05, quem chegou ao local, não tinha para quem vender. Os compradores não compareceram. No espaço onde costumam ficar 150 produtores, nem 10% estiveram. Na região da Zona da Mata e Vertentes, há duas unidades localizadas em Juiz de Fora e de Barbacena.
Os mercados de Lima Duarte sentiram as consequências. As prateleiras dos hortifrútis ficaram vazias e alguns fecharam as portas.
A Associação Comercial Industrial Turística de Lima Duarte – MG acompanhou com grande preocupação os desdobramentos da greve dos caminhoneiros. Os impactos foram sentidos na sociedade e influenciaram em todos os segmentos do comércio de bens, serviços e turismo.
Foram nítidos os transtornos causados pelo desabastecimento generalizado como aumento do desemprego, falta de gêneros alimentícios, estoques, baixo fluxo de vendas e prejuízo ao desenvolvimento econômico.
Entre os setores mais afetados está o do agronegócio: aves, suínos, laticínios e hortifrutis. Em nosso município não foi diferente em âmbito geral, açougues ficaram sem carne de boi, farmácias sem medicamentos básicos como remédio para pressão que é de extrema necessidade para o usuário, algumas padarias reduziram suas produção de pão francês, distribuidoras de gás ficaram sem o produto, mercados ficaram desabastecidos, inclusive sacolões fecharam por falta de mercadoria, devido ao fechamento do Ceasa.
Isto posto, afirmamos que a paralisação foi legítima em seus objetivos, contudo, alcançou êxito em pequena parte das reivindicações apresentadas pela categoria. Acreditamos, portanto, que esta breve e ainda tímida retomada das atividades econômicas, evitará o agravamento dos prejuízos econômicos e sociais suportados por toda a sociedade brasileira.
Robson Andrade – Presidente da ACILT-LD