Por onde anda?

Estamos criando uma coluna nova no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje tem outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. Confira:

Estamos criando uma coluna nova no Jornal LD & Cia. para falar dos limaduartinos que saíram para estudar/trabalhar fora e hoje tem outra vida e família. Essa é uma forma de matarmos um pouco da saudade de nossos parentes, amigos ou conterrâneos e também de valorizar o esforço que tiveram e o estímulo que dão a tantos outros. Confira:

Nome completo, idade, profissão, filiação:
Tarcísio Reis de Oliveira, 51 anos, Engenheiro Mecânico, com mestrado e doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais. Filho de Wencesláo Machado de Oliveira e Maria Regina Reis de Oliveira
Quando saiu de LD? Por quê?
Saí quando tinha 15 anos para estudar, uma vez que em Lima Duarte não tinha, na época, opções de cursos técnicos que me interessassem. Era muito comum os jovens saírem da cidade para estudar fora.
Para onde foi inicialmente? Fazer o quê?
Fui para Juiz de Fora, estudar Metalurgia no Colégio Técnico Universitário (CTU), hoje IF Sudeste.
Qual sua trajetória ao longo desses anos? Onde morou, estudou e trabalhou?
Após concluir o curso técnico de Metalurgia, fui trabalhar na Siderúrgica Acesita (hoje Aperam), localizada em Timóteo, no Vale do Aço mineiro. Estou na empresa há 33 anos. Ao chegar no Vale do Aço, estudei Engenharia Mecânica e, após me formar em 1990, já passei a atuar como engenheiro na empresa. Em 1991 me mudei por um ano para a cidade de São Carlos – SP, onde fiz o mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais na UFSCar. Retornei em seguida para Timóteo. Com a criação do Centro de Pesquisas na empresa, passei a fazer parte da equipe de pesquisadores em 1995, atuando principalmente no desenvolvimento de aços inoxidáveis. Em 1999, já casado, mudei com a família para a França, para fazer o curso de doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais. Ficamos lá por quatro anos e foi uma ótima experiência. Meu filho mais velho nasceu lá. Retornamos ao Vale do aço em 2003, onde estamos até hoje. Desde 2016 estou como diretor do Centro de Pesquisas da empresa, onde trabalham 31 pessoas entre pesquisadores e técnicos.
Vale ressaltar também que, desde 1993, leciono diferentes disciplinas nos cursos de engenharia da Unileste, uma universidade particular do Vale do Aço. Compartilhar conhecimento sempre foi algo importante para mim.
Constituiu família? Com quem? Limaduartino também?
Sim, tenho 20 anos de casado com Tânia Moreira Silva, natural de Belo Horizonte.
Tem filhos? Quantos e em quais idades?
Tenho três filhos. Thales, com 15 anos, Ísis, com 12 anos e Rafael, com 8 anos.
Ainda tem parentes em LD? Quem?
Sim, tenho minha mãe, Maria Regina, que mora na Praça JK, no Centro, e dois irmãos, Flávio e Daniel e suas famílias. Além disto, tenho tios e primos que moram na cidade.
Vem sempre aqui?
Umas três a quatro vezes por ano. Devido à distância da cidade onde moro (450 Km), fica difícil viajar em finais de semana que não sejam feriados prolongados. Mas tendo oportunidade, é sempre bom ir a Lima Duarte. E nas férias de janeiro, normalmente passo ao menos uma semana na cidade, aproveitando o convívio com familiares e amigos e as boas atrações naturais, como a Serra de Ibitipoca e as cachoeiras ao redor da cidade.
Acompanha notícias da terra natal? Como?
Principalmente através das conversas com parentes e amigos e das redes sociais. Sempre procuro saber e torço para que a cidade se desenvolva.
Tem saudades daqui?
Tenho sim, principalmente do período de minha adolescência. Os jovens eram muito animados, tinham bailes excelentes, ótimo carnaval. Tenho muitos amigos da época, mas que, como eu, muitos saíram para estudar e trabalhar. De vez em quando nos encontramos na cidade e relembramos aquela época. A saudade existe e, quem sabe no futuro, após me aposentar, eu possa passar mais tempo na cidade.
O que acha que LD mudou para melhor? E para pior?
Mudou para melhor a infraestrutura de serviços e as possibilidades no setor de turismo. A região é muito bonita e temos agora boas pousadas, bons restaurantes e empresas de turismo para explorar este potencial. Além, é claro, do parque de Ibitipoca, que hoje é mais conhecido e que tem realmente uma ótima infraestrutura e conservação. Isto passa uma boa imagem da cidade para o país. O nível educacional também melhorou. Não é mais necessário sair para estudar fora o ensino médio, embora com poucas opções de curso superior.
A parte pior, e que aconteceu no Brasil inteiro, foi a piora na área de segurança. Pode-se perceber que houve um aumento no uso de drogas por jovens, o que é muito prejudicial para o futuro da cidade.

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